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História da FilosóFia

  • Foto do escritor: CURTI DICAS
    CURTI DICAS
  • 25 de nov. de 2015
  • 11 min de leitura

Saiba como começou e como ainda Influência na nossa vida.

FILOSOFIA É FILOSOFAR E FILOSOFIAR

"Não se ensina Filosofia

Ensina-se a Filosofar"

1- O QUE É FILOSOFAR?

DO MITO Á RAZÃO

"Um dos papéis do filósofo é denunciar os que impedem a visão da verdade racional".

OS CONCEITOS DE FILOSOFAR

O verbo Filosofar pode ser usado com três significados distintos:

  • Como simples sinônimo de "pensar". Ás vezes, doenças ou morte de pessoas

próximas, decepções, perdas irreparáveis e outros problemas existenciais nos fazem pensar ("filosofar") sobre o sentido de nossa vida. Mas esse significado é por demais vago e amplo para caracterizar o verdadeiro sentido do filosofar.

  • Como sinônimo de "saber viver" virtuosamente. Aqui, filosofar é viver com

sabedoria. O sábio é aquele que se torna um exemplo vivo das virtudes apreciadas em uma sociedade e é tomado como ponto de referência para fortalecer o valor das tradições vigentes. É nesse sentido que as sabedorias orientais são também chamadas "filosofias".

  • Como " o filosofar" propriamente dito", que teve início na Grécia, em torno dos

séculos VI e V a.C. Por essa época, começou-se a repensar a natureza, o ser humano e as divindades com um olhar críticos. Procurava-se saber a validade dos próprios conhecimentos. Até que ponto a cultura era fruto de fantasias e crenças dos antepassados? O que garantia que as tradições recebidas dos anciãos eram verdadeiras? A filosofia, portanto, questiona os fundamentos da cultura. É o que veremos em seguida.

MITO X FILOSOFIA

A civilização grega desenvolveu-se na península Balcânica, a mais oriental do sul da Europa, rodeada de inúmeras ilhas. Seu relevo montanhoso facilitou a formação de grupos

humanos isolados e autônomos, como de fato foram as cidades - estados (as polis).

A pouca fertilidade do solo acidentado foi compensada pela presença de ótimos portos naturais. Assim os gregos puderam desenvolver com segurança a navegação, que possibilitou o crescimento do comércio e, consequentemente, a riqueza crescente das cidades - estados.

O aumento populacional levou á procura de terras férteis e á criação de muitas colônias nas regiões mediterrâneas. A fiscalização e a proteção dessas colônias eram tarefa da frota grega.

Nos séculos VI e V a.C. , as 'polis' conheceram o apogeu econômico, político e cultural. Foi exatamente nesse período glorioso que surgiu na cultura grega o confronto entre "mito e filosofia".

Tanto o mito quanto a filosofia são formas que o homem utiliza para explicar o mundo. São explicações que visam a responder aos questionamentos sobre o sentido da vida, o surgimento do universo e do homem, assim como justificar as normas que garantem a vida em comunidade. Ao buscar essas explicações, seja pela linguagem do mito, seja pela linguagem filosófica, o homem está tentando estabelecer a estrutura de sua cultura.

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Autoridade do mito

O mito é uma história religiosa revelada

com autoridade supostamente indiscutível.

O passado é descrito como as tradições que

não admitem nenhuma crítica: "É assim,

porque foi dito que é assim". O texto a seguir

nos fala um pouco sobre isso. "Vamos Ler"

Atlas e Prometeu condenados por desobediência a Júpiter.

O mito conta uma história sagrada quer dizer, um acontecimento primordial que teve lugar no começo do Tempo, " ab - initio " ( "desde o início" ). Mas contar uma história sagrada equivale a revelar um Mistério, porque as personagens do mito não são seres humanos: são Deuses ou Heróis civilizadores, e por esta razão as suas gesta ("ações memoráveis") constituem Mistérios: o homem não poderia conhecê-los se lhos não revelassem. O mito é, pois, a história do que se passou " in illo tempore " ("naquele tempo "), a narração daquilo que os Deuses ou Seres divinos fizeram no começo do tempo. 'Dizer' um mito é proclamar o que se passou " ab origine " ("desde a origem"). Uma vez 'dito', quer dizer, revelado, o mito torna-se verdade apodítica: funda a verdade absoluta. 'É assim, porque foi dito que é assim', declaram os " Eskimo netsilik " ( "tribo de esquimós" ) a fim de justificarem a validade da sua história sagrada e de suas tradições religiosos."

Durante um longo período da história grega, a mitologia constituiu a fonte exclusiva de explicação para a existência do homem e de organização do mundo. As interpretações imaginárias criadas por ela foram adquirindo autoridade pelo fato de serem antigas. As divindades constituíam as personagens que, pelas divergências, intrigas, amizades e desejo de justiça, explicavam tanto a natureza humana como os resultados das guerras e os valores culturais. Nesse sentido, a linguagem do mito esconde interesses de classes e pode ser manipulada por aqueles que detêm o poder. Ela impõe comportamentos mortais á comunidade e uma hierarquia de punições para aqueles que não os seguem.

Em virtude do desenvolvimento e dos contatos culturais com outros povos, decorrentes do comércio e da navegação, os gregos cultos sentiram necessidade de encontrar uma linguagem mais universal e rigorosa para justificar o universo e as próprias instituições. O mito parecia-lhe, cada vez mais, uma forma de expressão regional, particular ás necessidades culturais da época.

Surge, então, a linguagem filosófica, trazendo novos conceitos culturais, baseados na 'razão', que irão tentar substituir as criações míticas.

A tensão estava estabelecida. De um lado, os conservadores queriam manter o sistema explicativo do mito, muito mais popular e eficaz para preservar os seus privilégios. De outro, os filósofos, desejosos de mudança, rejeitavam as explicações míticas e eram favoráveis ás reivindicações dos membros das classes emergentes ( os artesãos e os comerciantes ), democratizando assim o sistema político.

A tensão entre mito e filosofia começa mas não termina na Grécia antiga. Ela perpassa a história ocidental e continua de alguma forma até hoje.

O NOVO CONCEITO DE VERDADE

O que é verdade? Na época do surgimento da filosofia, aceitava-se como verdade o que a tradição, as autoridades e os deuses determinavam.

Ora, os primeiros filósofos buscavam um novo conceito de verdade - uma verdade tão bem fundamentada que ninguém pudesse refutá-la. Ela deveria liberar o povo da autoridade arbitrária dos deuses, reis, oligarcas e tiranos, assim como das profecias enigmáticas dos sacerdotes. A verdade procurada teria de ser um conhecimento definitivo, necessário e absoluto. Para um conhecimento ter tais características, deveria abranger tudo o que existe no universo. Logo, seria um conhecimento universal.

A verdade precisaria ser universal, válida para todos. Uma verdade acima das particularidade, das raças, das nações, dos mitos regionais. Tomava-se consciência de que o homem almeja um conhecimento válido em todo lugar.

A mentalidade mítica imaginava que a qualquer momento poderiam surgir novos deuses, nossos heróis e, o que é pior, novos monstros com poderes sobre-humanos. O homem vivia, pois, inseguro e temeroso da vida e da morte.

Ora, a filosofia, naquele momento, veio liberar o homem da insegurança e do terror: quem descobre a ordem universal não tem medo de nada, pois tudo está previsto. Nem os deuses podem contrariar a verdade total.

Pela primeira vez em toda a história da humanidade, o ser humano formula interpretações da realidade cuja fundamentação não está na tradição ou na conformidade com os dizeres míticos dos deuses, mas na verdade argumentada da razão. É a filosofia.

Até então, em todas as culturas, o homem submetia o seu pensar aos mitos religiosos. O filósofo grego, ao contrário, acreditava que tinha a capacidade para formular interpretações próprias da realidade. Estariam erradas as religiões tradicionais que as negassem.

A filosofia nasce, assim, com a convicção de que existem verdades humanas e universais que acima das críticas sacerdotais. A busca da verdade filosófica significa, portanto, libertar-se do despotismo da classe religioso.

O NOVO CONCEITO DE NATUREZA

Os primeiros filósofos gregos criaram um novo conceito de natureza. A natureza é o conjunto de tudo o que existe. A existência das coisas faz com que elas sejam cognoscíveis. A natureza como um todo também é cognoscível por si mesma. Não precisamos de intermediários para contemplar a sua existência incontestável. É fonte de conhecimento irrefutável. Qualquer pessoa que se disponha a isso pode conhecê-la e interpretá-la.

Filosofar é, basicamente, admirar a realidade tal qual ela existe; é saber contemplá-la sem projetar nela temores míticos e crenças fantasiosas.

[Enfim, filosofar é ver o relâmpago como fenômeno natural e não como vingança ou ameaça divina; é saber ver o mar simplesmente como mar, a montanha como montanha, as estrelas como estrelas, a seca como seca, os fatos sociais e políticos como resultado das relações humanas].

Durante o período mítico, a natureza era vista pelas lentes das crenças. Como a filosofia, a natureza é despida de interpretações culturais, podendo manifesta-se com autonomia e por suas próprias leis. O filósofo deixa a natureza falar por si mesma.

Por isso, a filosofia não é privilégio de uma casta que interpreta a revelação dos deuses; não depende de livros sagrados; não é uma doutrina oculta; dispensa ritos de iniciação ou penitências rigorosas.

Essa nova maneira de lidar com a realidade foi o início da filosofia, que até hoje, 26 séculos depois, procura libertar o homem das crenças e temores desumanizantes.

O NOVO CONCEITO DE RESPONSABILIDADE

Graças á filosofia, os valores fundados na razão passam a orientar a vida das pessoas, individualmente e em comunidade.

Nos séculos VI e V a.C., os pensadores gregos começam a tomar consciência de que os bons e maus resultados da organização da cidade dependem das relações sociais. A política, a economia e a moral são construções humanas.

Descobre-se aos poucos que a verdade liberta o homem. Por isso, a busca e o estudo da verdade passam a ser a ocupação importante da época. Tudo é discutido, avaliado e comparado sob a luz de critérios racionais e argumentações lógicas. Tradições milenares que sustentavam as monarquias começam a ser retrucadas e desmontadas em poucas palavras; autoridades religiosos veneradas durante séculos são colocadas em xeque com poucos argumentos; com rápidas análises, demonstram-se fragilidade e a improcedência das narrativas míticas.

Enfim, o filosofar desestabiliza, mexe com as estruturas sociais e políticas vigentes e convida o cidadão a construir uma nova sociedade.

A nova sociedade só poderia vingar com a democratização da verdade. A verdade filosófica deveria ser socialmente cultivada. Assim, a praça torna-se o lugar público das discussões, onde os mestres se defrontam e os cidadãos participam, onde todos procuram aprimorar a contemplação do universo. Para divulgar a verdade, surgem os primeiros livros colocados á venda na praça da cidade.

A verdade implica ter de orientar a própria vida e a da cidade não mais pelo mito, que é algo de regional e limitado, mas pela verdade universal. Logo, ao filósofo urge modificar as leis míticas, conformando-as á verdade. O filósofo é o cidadão mais ativo na promoção das mudanças sociais e políticas.

Qual foi o fundamento de todas as conquistas sociais no Ocidente senão essa verdade responsável?

FILOSOFAR É PRECISO

A civilização ocidental não pode ser compreendida sem a filosofia. Com efeito, foi com a filosofia que a cultura grega influenciou nossa forma de pensar e de questionar tanto a natureza quanto o se humano e as divindades. Juntos com a filosofia, surge a noção de cidadania, de estado, de ciência. Quem quiser conhecer a cultura ocidental não pode furta-se ao estado da filosofia.

O exemplo dos filósofos gregos nos deixou uma grande lição: nunca se conformar com as estruturas existentes como se fossem as únicas possíveis. Quem quer ser criativo no seu momento histórico deve refletir atenta e criticamente: é preciso filosofar.

De fato, não houve época em que não tivéssemos filósofos buscando a verdade e combatendo a ignorância, o obscurantismo, a dominação do homem pelo homem, as guerras e outros atos irracionais que infelicitam a humanidade.

Filosofar é preciso para participar criativamente da luta pela humanização.

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A Escola de Atenas, representando os grandes pensadores da Antiguidade, Platão (á esquerda) e Aristóteles são as figuras centrais. No grupo á esquerda está Sócrates, gesticulando, sentado na escada, Diógenes. A esquerda, em primeiro plano, Pitágoras e seus seguidores.

Visão Panorâmica do início da filosofia de TALES a ARISTÓTELES.

OS PRÉ-SOCRÁTICOS

A partir do século VI a.C., surgem as primeiras escolas filosóficas nos principais centrais da civilização helênicas - Grécia e colônias gregas das ilhas do mar Egeu, da Àsia Menor, da Sicília e Itália meridional. Elas são denominadas " pré-socráticas ", por precederem a Sócrates, filósofo que abre uma nova era da filosofia.

Dessas escolas, as mais importantes são:

  1. A Escola Jônica. A Escola Jônica recebe esse nome da Jônia. colônia grega da costa ocidental da Ásia Menor. Os seus representantes mais ilustres são: Tales de Mileto (624-546), Anaximandro (611-546), Anaximenes (586-525) e Heráclito (535-470). Esse quatro pensadores são os fundadores da filosofia no sentido especifico, pois lançaram as bases dos problemas filosóficos discutidos até hoje no Ocidente: a verdade, a totalidade, a ética e a política.

  2. A Escola Pitagórica. A Escola Pitagórica recebe o nome do seu fundador, Pitágoras (580-500). Outros pensadores importantes dessa escola: Filalau (século V). Arquitas (século IV) e Alcmeón (século VI). Esses pensadores manifestam ao mesmo tempo tendências místico-religiosas e tendências científico-racionais. Sua influência estende-se até nossos dias.

  3. A Escola Eleática. a escola Eleática recebe este nome de Eléia, cidade situada no sul da Itália e local de seu florescimento. Nessa escola encontramos os grandes nomes de Xenófanes (570-480), Parmênides (540-470), Zenão (510-?) e Melisso (490-?). Nesse grupo famoso de pensadores, as questões filosóficas concentram-se na comparação entre o valor do conhecimento sensível e o do conhecimento racional. De suas reflexões, resulta que o único conhecimento válido é aquele fornecido pela razão.

  4. A Escola Pluralista. A Escola Pluralista é composta por Anaxágoras (499-428), Empédocles (492-432) e Demócrito (460-370). O denominador comum nas posturas filosóficas desses pensadores consiste em admitir que não há um princípio único que explique todo o universo. Existem vários príncipios que, misturando-se, formam a multiplicidade das coisas existentes, daí a denominação "Pluralista".

O Berço da Filosofia, 1 Escola Jônica. 2 Escola Pitagôrica, 3 Escola Eleática. Abdera (Protágoras e Demócrito); Eléia (Parmênides); Crotona (Pitagóras); Agrigento (Empêdocles); Estagira (Aristóteles); Atenas (Sócrates e Platão).

OS SOFISTAS E SÓCRATES

Com o surgimento da política "democrática" nas cidades-estados , a filosofia passa a ser praticada não como procura da verdade, mas como um ensino útil para os líderes políticos fazerem valer os seus pontos de vista nas discussões públicas.

Alguns filósofos tornam-se professores itinerantes (sofistas) pagos pelos alunos: Protágoras (490-410), Górgias (485-380), Pródicos (460-?). Contra eles insurge-se Sócrates (470-300), que, ao concentrar sua filosofia na natureza humana, funda a filosofia moral, restabelecendo os conceitos de virtude e valor.

<Sócrates

PLATÃO E ARISTÓTELES

Platão (427-347) e Aristóteles (384-322) são os filósofos mas conhecidos, e com razão: eles sintetizam todas as tendências das escolas filosóficas anteriores e criam novos sistemas.

Durante muitos séculos, os debates filosóficos fundamentaram-se em suas teorias. Somente com filosofia moderna, a partir de Descartes (1596-1650), surge uma metodologia nova para resolver os termos da metafísica antiga e medieval.

Platão foi aluno de Sócrates e mestre de Aristóteles. Portanto, existe uma unidade evolutiva nesses três pensadores cujo conhecimento é obrigatório para todo aquele que deseja familiarizar-se com as questões da filosofia.

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Platão e Aristóteles. A Escola de Atenas. A postura filosófica de cada um é simbolizada pelo gesto: Platão é representado com a mão elevada, numa referência ao Mundo das idéias, e Aristóteles, com a mão voltada para baixo, apontando para o mundo concreto e sensível.

CONHECER OU NÃO

CONHECER, EIS A DIFERENÇA

" O Homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante"

SUJEITO E OBJETO DO CONHECIMENTO

Os seres vivos têm potencialidades que se desenvolvem segundo suas necessidades de sobrevivência. Assim, a planta colocada no canto da sala, em lugar de crescer em linha reta, para cima, cresce em ângulo inclinado, á procura da luz vinda da janela. Ela adapta-se á condição do meio. Por motivo semelhante, as minhocas não têm olhos, mas são dotadas de tato e olfato muito apurados, necessários no ambiente onde vivem. As aves em geral não precisam de tato e olfato no ambiente aéreo; possuem, em compensação, uma visão muito aguda, com um mecanismo de filtragem das cores que lhe permite distinguir a uma longa distância um inseto na relva verde. O cego, por exemplo, tem o tato e a audição muito mais desenvolvidos que qualquer homem com a visão normal.

Em todos esses exemplo, percebe-se uma adaptação de organismo vivos ás imposições do meio.

Além das características comuns aos seres vivos, o homem possui a capacidade especial de pensar, o que lhe possibilita não apenas conviver com a realidade, como também conhecê-la, Conhecer a realidade significa compreendê-la e explicá-la.

O conhecimento humano tem dois elementos básicos: um sujeito e um objeto.

O sujeito é o homem, o ser racional que quer conhecer (sujeito cognoscente). O objeto é a realidade (as coisas, os fatos, os fenômenos) com que coexistimos. O homem só se torna sujeito do conhecimento quando está diante do objeto a ser conhecido. A realidade só se torna objeto do conhecimento perante um sujeito que queira conhecê-la. O próprio homem pode ser objeto do conhecimento humano.

" Sou um guardador de rebanhos.

O rebanho é os meus pensamentos

E os meus pensamentos são todos sensações.

Penso com os olhos e com os ouvidos

E com as mãos e os pés

E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la

E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor

Me sinto triste de gozá-lo tanto.

E me deito ao comprido na erva,

E fecho os olhos quentes,

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,

Sei a verdade e sou feliz."

 
 
 

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